Além de ser um grande artista e dominar como poucos as diversas técnicas de gravuras, Escher sempre teve um interesse muito grande por Geometria, tanto a clássica quanto as não-euclidianas, estruturando-as sistematicamente e introduzindo em sua arte novas abordagens de conceitos espaciais.
Só a partir dessa união entre a Arte, sensibilidade e conhecimentos matemático, é possível compreender a exuberância de suas obras, com seus mosaicos, simetrias, efeitos de perspectivas e relações espaciais incomuns. Observe o jogo de perspectivas em Queda-d'água (Waterfall) e Subindo e descendo (Ascending and descending), a simetria dos mosaicos em Céu e água I (Sky and water I) e o reflexo na superfície da esfera em Mão com esfera refletora (Hand with reflecting sphere).
Em 1963, Escher produziu uma interessante gravura, denominada Tira de Möbius II (Möbius Strip II), na qual formigas caminham sobre um anel, percorrendo sua superfície, ora por dentro, ora por fora.
Esse curioso anel foi proposto pelo alemão Ferdinand Möbius, no século XIX. O anel, ou "tira de Möbius", pode ser entendido como um objeto que, curiosamente, não tem "dentro" nem "fora".
Para se convencer de que a tira de Möbius tem apenas uma face, escolha um ponto qualquer de sua superfície, e utilizando o lápis colorido, trace uma linha num sentindo qualquer, até retornar ao ponto inicial.
Fazendo isso, você perceberá que percorreu toda a extensão da tira, num trajeto que tem o dobro de seu comprimento, como se você tivesse traçando uma linha na frente e no verso da tira original que você recortou da folha de sufite. Na gravura de Escher, as formigas percorrem esse mesmo caminho duplo.
Um comentário:
Querido Mestre
Parabéns pelo blog. Meu filho e eu fizemos a tira de Moebius e ficamos encantados. Sou Professora de matemática e amo o que faço.
bethematica.blogspot.com é o meu blog
Um abraço
Profª Elizabethe ( Bethematica)
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